um universo de cores
invade minha percepção
respiro cada um dos seus matizes
em cada cor uma revelação
em cada luz uma forma
de reinventar o contrário
torço-me em espiral
para caber em minha existência
matizes
quasares
deitado
em absoluto repouso
observo as veias
pulsando
com a intensidade
dos quasares
mais longínquos
percebo cada ponto
ligado a outro ponto
a cabeça solta
destacada
dos membros
observa
com olhos de espanto
a subtração
dimensões
um buraco
se abriu no peito
revelou-se um abismo
do amor fez-se o ódio
e de tudo o que existia
nada restou
à medida que
as dimensões
se justapõem
compreendo
um pouco mais
sobre o todo
que me contém
caminhos
perdi a cabeça
embora tenha
feito tudo
para segurá-la
não resisti
outras esferas a detém
agora
meus pés
vagam pelos
caminhos
ressequidos
pelo tempo
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