vincos


Abro as gavetas da memória
resgato as cores de outros tempos
um artesão esculpe cabeças de mortos
em tumbas escondidas no inconsciente
eu pendurado na beira dos dias
uma mão na luz e a outra na consciência

acordo de um sonho
dentro de outros sonhos
estranhas percepções
e me vejo no espelho
refletindo tempos imemoráveis

observo as dobras da minha face
e um vinco profundo
chama minha atenção

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