Estava caminhando pelo bosque já fazia alguns minutos. O som do vento passando pela vegetação trazia um frescor de amanhecer à experiência. O cheiro úmido de terra entrava pelas minhas narinas trazendo lembranças sedimentadas no passado. Parei por um instante. Fechei os olhos para mergulhar ainda mais naquela sensação que me arrebatava para outros momentos. Agora podia ouvir, com mais nitidez, cada um dos sons que emanavam daquele lugar. Ouvia os barulhos dos pássaros e de pequenos estalidos no mato rasteiro, com aguçada sensibilidade. Escutei uma voz ao longe. Parecia chamar por alguém. Coisas da minha cabeça, talvez. Não havia ninguém ali.
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