os olhos

Minha visão foi voltando aos poucos. Olhei fixamente para a luz durante alguns instantes. Notei que a lâmpada pendia de um fio, do centro do teto, e ficava dependurada sobre da cama. Um pensamento me pegou novamente. Por quanto tempo estaria eu deitado naquele lugar? Não tinha portas, sequer janelas. Como tinha entrado ali? E o quadro? Quem seria aquela pessoa estampada na tela? Muitos pensamentos vinham à tona. Mas nada fazia sentido. O telefone tocou subitamente. Atendi assustado. Do outro lado uma voz grave e solene disse: - Confie na força do hábito. Não use os olhos!

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