vago num vôo cego
a contemplar
minhas mãos crucificadas
as chagas
me consomem
pouso como fuligem
na escadaria de uma catedral
a multidão
assombrada
derrama vinho e hóstias
no chão
contemplo a todos
espiando pelos buracos de minhas mãos
busco a vida na morte
no altar da eterna expiação
expiação
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário